Resenha do filme e do livro novo - Comprometida

O que eu achei do filme Comer, Rezar e Amar?
Bem... Julia Roberts é Julia Roberts... mas Javier Barden como um gaúcho?... bem... vamos dar um desconto à Hollywood né?
Depois de certa idade aprendemos a extrair apenas as coisas boas de tudo... e a não estragar as surpresas boas da vida, como as que quem ainda não leu o livro e não assistiu o filme irão ter...

O que tenho pra dizer é:

1- Ou leia o livro;
2- Ou assista o filme;
3- Nunca acredite em finais felizes;
4- Nunca ache que de repente você vai ter um estalo e magicamente tudo vai se resolver na sua vida;
5- Nunca se conforme com menos do que merece - porque você merece muito!;
6- Depois do "Atravessiamo", a vida continua, e manter uma relação, por mais que você ame alguém... dá um trabalho...
7- Hollywood não vai filmar "Comprometida", a continuação de Comer, Rezar e Amar, porque os dois já estão apaixonados (então acabou o drama)... Como eu sou muito bacanosa - como diria uma das minhas "chefas" - eu vou adiantar pra vocês:

Comprometida - o segundo livro de Elizabeth Gilbert sobre sua história de auto-conhecimento - trata-se de um ensaio sobre casamento.
Elizabeth sofreu um divórcio doloroso, e Felipe também (aliás, como todos os divórcios devem ser, na minha solteira vida, eu não tenho experiência nenhuma sobre o assunto - exceto com relação ao dos meus pais - mas imagino que desistir do felizes para sempre não deve mesmo ser nada fácil) e de como ambos decidiram nunca se casar novamente, e se amar da maneira deles (como muitos casais de hoje em dia o fazem).
Bem... mas a vida não é da maneira que planejamos, e o governo dos Estados Unidos estabeleceu a ambos que caso não legalizassem sua relação (através de um casamento legalmente reconhecido pelo governo americano) meu adorado gaúcho Felipe não poderia mais entrar nos EUA, onde ambos haviam planejado estabelecer residência permanente, sendo profissionalmente interessante e necessário aos dois!
O limbo no Vietnã enquanto o trâmite do processo rolava é o pano de fundo para Elizabeth historicamente nos esclarecer que o casamento como o vemos hoje é uma situação da era vitoriana pra cá, ou seja, moderníssimo!
A primeira noiva a entrar de branco com um vestido deslumbrante foi minha querida e fashionista Rainha Vitória, sempre lançando moda, nos atinge até os dias atuais.
É meninas (e caros leitores do sexo masculino), até pouco tempo atrás, pra quem não se lembra, todos os casamentos eram arranjados pelas famílias, e sem direito de escolha, éramos obrigados a viver com uma pessoa praticamente desconhecida pra sempre.
Louvada seja a modernidade que nos permite a cada um gostar e desgostar a nosso bel prazer.
Adiantando o final do livro... tudo termina bem, e eles estão felizes e realizados juntos morando em New Jersey.
Enfim, é muito gostoso (enquanto brasileiros) estarmos no cinema, assistindo um filme com fotografia deslumbrante, e de repente tocar uma música em português, de Vinícius de Moraes (que já adiantei aqui pra vocês - olha como eu sou legal!) deliciosamente cantada por Bebel Gilberto, e a linda brasileira Armênia, derramando sensualidade aparece em cena e diz pra Felipe: " - Tudo bem?" e Javier Barden - no único momento em que fala português perfeito responde: "- Tudo bem". Mas ei Brad Pitt (um dos diretores executivos do filme - bônus), faltou uma fala importantíssima do livro no filme, quando a amiga de Elizabeth diz que ela deveria se arrumar melhor, igual a Armênia, e Liz em sua sabedoria dispara: " - Querida, a Armênia é brasileira, as brasileiras já nascem sensuais!" - Concordo!

Lição:
Busquemos cada um de nós a palavra que nos define nesta vida! A minha está tatuada no meu corpo, em letras garrafais e dá nome a este humilde blog fielmente visitado por amigos - como posso considerá-los.
E você? Qual é a sua palavra?